quarta-feira, 29 de maio de 2013

Olhe para mim de novo



É esse o recado... quando olhamos atentamente e de novo, podemos ver melhor, com mais clareza, mais generosidade, sem tantos atravessamentos, que aliás só servem para fortalecer os estereótipos que são tantos e tão mesquinhos. Olhar de novo para ver o outro, para encarar olho no olho a alteridade, aquele que é diferente de mim, mas cuja experiência é tão significativa quanto a de qualquer um de nós...
é fundamental ter um olhar despojado, para enchergar o diverso, na sua singularidade, sem julgamentos e à prioris.
 
O filme é lindo, um road movie, pé na estrada, com a cara e a coragem, nos desafiando a refletir nossos limites, nossos medos e inseguranças...
Lúcia nasceu menina, mas se construiu e se colocou no mundo ao lomngo da vida como homem. desenvolveu todas as características consideradas masculinas, com as quais se identificou desde sempre.
 
Tornou-se homem, apesar dos enfrentamentos, brigas, resistências e porque não dizer, inúmeras violências sofridas.
 
Enfim, tornou-se Sillvyo com orgulho. Casou-se, sonha ter um filho com sua mulher. Pensa na ideia de unir seu óvulo com o de sua esposa para que sejam fecundados e assim, seu filho reúna características do pai e da mãe...
Intrigante, um filme que faz pensar, que confunde e subverte os valores cristalizados nos quais  embasamos nossas vidas. Fomenta questionamentos e dúvidas.
 
Que bom! impossível deixar o cinema do mesmo modo como entramos.
eu me apaixonei pelo personagem, por sua clareza, sua coragem, sua vitalidade...
Valeu a pena olhar para esse tema de novo, agora de forma renovada e de novo, e sempre, com atenção, para ver denovo e cada vez melhor!

Olhe para mim de novo.
Direção: Claudia Priscilla e Kiko Goifman.
Bra. 2012

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