domingo, 14 de julho de 2013

Trindade e Paraty - Fotos


O grafite do artista em Trindade
Nós

O Brasil das Placas, mesmo na floresta

Flores, minhas preferidas
 



Mais grafite, lindo....

Paraty, Para mim...






Os inevitáveis reflexos

Essa é a praia do Cepilho


Chovia à cântaros









Gostei dessa luz...


O não tão famoso trabalhador da Flip

Candeeiro



As placas mais incríveis


Tão bonitos os reflexos...

Depois na Flip, outros encontros com:




Susana Salles, Lilian Schwarcz, Xico Sá, Ricardo Ramos, Stella Barbiere, Ninfa, Flávia (companheira do SESC RJ), a amiga Silvana, de tanto tempo, Marcelo (roteirista de O Palhaço), Alexandre Galo (ator do Filho Eterno), Daniela Seixas (artista plástica), Vagner (Prêmio SESC de Literatura), Ana (companheira do SESC), Marcelino Freire, Fernando Bonassi, Edgar Scandurra, Marco Aurélio o fotógrafo, Ricardo Napoleão e seus sapatos entre outros personagens bem significativos pra nós....
6 salsichões e  6 cervejas na barraca da Praça... Comidinha pra pobre é claro, mas estava ótimo, principalmente considerando que não tínhamos almoçado...

2 espetos de frango, bem macios e temperadinhos...Uau!
 
3 dias ensolarados e azuis

2 peças de teatro: Vivo demais para ser feliz impunemente e Graça, Graciliano

1 palestra de Milton Hatoum, magnífica!

1 encontro com Ruy Castro, um horror... uma pena

1 encontro com Barcinski e Xico Sá – esplêndidos como sempre...

2 encontros com Ricardo Ramos, uma delícia...literatura para crianças e jovens.

1 palestra do nosso mais recente, doce e velho ditador Eduardo Coutinho – Imperdível, uma grandeza de alma....

1 Encontro com Bonassi e Scandurra... Show de bola.... ou melhor, de ideias...

1 Encontro com Stella Barbiere, doçura...

1 encontro com Ninfa...do Movimento por um Brasil Literário, ótimo conhecê-la...

1 encontro rápido com Adriana Calcanhoto na Flipinha, que adoramos...

1 jantar Peixe com Banana no Restaurante Santa Rita, onde fomos atendidos pelo querido Kleber, menino bonito.... sedutor, nos deu uma dose da Gabriela, cachaça local, docinha.... e uma caipirinha de abacaxi com cachaça Corisco, também local...

O Ricardo um carioca mais velho, está há 10 anos em Paraty, mas não se acostuma com o jeito do pessoal....

Antes de ir embora, mais um encontro inusitado, na rodoviária, Ana Júlia e Jurema, pode???

Tivemos também, aquilo que chamamos de “A FLIP QUE NINGUÉM VÊ” – Muitos trabalhadores pendurados em andaimes, em meio às ferragens, tapetes enrolados, lonas sem fim, móveis e tudo o mais que fez a festa literária acontecer... É, realmente a gente não sabe de nada....

Viva os inúmeros trabalhadores braçais da Flip.... sem eles nada seria possível...

No mais, muitos dias chuvosos, enfim... que fazer....

Valeu!!!

 


 






 

 

 
 

Trindade em Números


A começar pela decisão de ir à Paraty, os números espantosos que seguem aqui, vejam só:

02 trajetos SP-RJ-SP

8 dias na Pousada Praia, Mar e Sol, recepcionados pela simpática e tatuada Viviane.

1 lençol que não cabia na cama e que me deixou louquinha!!!!

2 trilhas – Cachadaço e Brava.

4 praias – Meio, Cachadaço, Cepilho e Brava.

1 lagoa – Linda, translúcida, Cachadaço.

7 cafés da manhã com queijo quente e pingado, mais pão de queijo e broa de milho na padaria do Cheirinho – apelido dado pela sua mãe...

2 baldes de cerveja no Bar do Cepilho, servidos pela Priscila, uma atleta que subia e descia uma escadaria de mais ou menos 25 degraus para atender os desocupados na areia...que aliás parece ter lhe rendido belas pernas.

4 ou 5 cervejas na Praia do Meio e bate papo com André, lindo, com filhos de 12 e 18 anos, inacreditável!

Mais 4 ou 5 cervejas no Bar do Odair e do Brodovski.

1 porção de filé de peixe sororoca – MARAVILHOSOOOOOO...

3 doses da branquinha Coqueiro, original da cidade... delícia!

1 artesanato especial para Paulo Rafael, do nosso amigo hippie argentino – Guilherme e de brinde uma florzinha feita de arame na hora!

3 sopas bem quentinhas no Bar da mulher do Muvuca.

1 cocada de doce de leite na Doceria da Baiana.

Pelo menos 3 sorvetes da sorveteria Pistache, com chuva, frio e tudo...

2 cafés expressos (acredite se quiser) na creperia... sim...

1 Prato feito no Loucos e Malucos

2 Pratos feitos no Amendoeiras, muito bom....

1 estupendo suco de abacaxi com hortelã, depois de tanta cerveja, isso era o melhor.....

8 garrafas d’água pra dar conta da bebedeira.

1 incêndio na pousada da Vivi, mas que foi contornado... Ufa!

Pelo menos 4 cachorros e 2 gatos nos acompanhando durante a estadia

Vários grafites espalhados pela vila, mas todos de apenas 1 grafiteiro... com certeza.

11 trajetos de Busão pela montanha espiralada....conhecida também como ‘Deus me livre’!

01 noite baladeira no ‘Baixo Trindade’ – Fazendo referência ao Baixo Móoca ou Baixo Augusta, com dançarina, número circense da Verinha, música de boa qualidade e o Betão, bêbado que só ele, mas que era abraçado vez ou outra pela dançarina, o que fez seu ibope subir... Tudo isso no meio da rua, onde as pessoas podiam dançar, fumar, beber, as crianças podiam brincar, correr, os cachorros tomavam conta, os hippies se revezavam e baderna nenhuma...

Fiquei pensando... querida Trindade, o lugar onde nasci... se não nessa vida , em alguma outra.... quem sabe... com certeza... só pode ser...


Santíssima Trindade




A ideia de ir para a Flip em Paraty e ficar hospedado em Trindade exige coragem. Basicamente por dois motivos, o primeiro é que ao acordar em Trindade, num dia ensolarado, frente a um mar azul, pedras imponentes e montanhas da Serra da Bocaina, muito verdes e esplendorosas ao redor, a dúvida é cruel...ou seja, festa literária, coisa nenhuma!

Mas, considerando a coragem acima mencionada, supondo que o sujeito decida mesmo se manter firme no seu propósito de ir à Flip, isso significa pegar um ônibus de linha que levará 40 minutos para chegar até Paraty.

Mas isso não é nada, afinal, todo paulistano está super acostumado a enfrentar muito mais que 40 minutos nos transportes coletivos, então, estando em férias, isso pode ser completamente tranquilo, afinal, a paisagem de Trindade em nada se compara ao que vemos por aqui, da janela do busão.

Meus amigos, deixemos de enrolação, o que pega mesmo é a estrada, estreitíssima, sinuosa ao extremo, quase como uma montanha russa (guardando as devidas proporções). Eu que não dirijo, reparei que o motorista andou uns 20 minutos com o pé no freio, pois a impressão é que se não fosse assim, o veículo despencaria barranco abaixo.

E tem mais, na ida, o sol continuava radiante, iluminando as lindas montanhas e íamos apreensivos, mas felizes, já não se pode dizer o mesmo da volta, que era sempre por volta das 23h (horário do último ônibus), ou seja, puro breu, breu total... Não era possível enxergar nada, nem um palmo à frente do nariz, então apenas sentíamos na boca do estômago cada curva sinuosa e o constante barulho do freio.

Ah! não acabou, pois o mais interessante é que assim que o último ônibus saía da rodoviária, as luzes de dentro do ônibus se apagavam... Uma loucura, não conseguimos entender... Nesse momento não víamos realmente mais nada, nem quem estava do nosso lado...

Íamos praticamente sós, com nossos pensamentos e porquê não dizer, nossa fé, de que íamos chegar inteiros ao lindo destino, da adorável e santíssima Trindade nossa de cada dia!!!