Nem acho que
o filme pretendesse ser isso, mas apenas é.. e foi assim que assisti
estarrecida toda essa profusão de sentimentos transformados em imagens,
contundentes, que de fato, falam mais do que qualquer palavra.
A
questão da memória presente em cada pedacinho da história, um filme feito de
fragmentos, registros e saudades.
Um
filme para elaboras as perdas, as culpas e a incrível dor de ter perdido alguém
tão especial.
Elena
deve ter sido encantadora, ousada, atrevida, corajosa e extremamente sensível,
por isso não aguentou.
No
fundo, ela amava as coisas da vida. Por outro lado teve sua existência marcada
por ter sido obrigada a uma infância clandestina. O filme mostra o peso dessa
repressão que vemos crescer no seu percurso.
Elena,
constantemente inquieta, ansiosa, angustiada, mas forte até o fim!
Petra,
a diretora, também encanta pela
delicadeza com que se expõe para contar essa história que também é sua...
Quanta
doçura, quanto afeto, e a coragem de compartilhar a leitura de um caminho tão íntimo...
Petra
é uma cineasta jovem que soube como ninguém transformar seu próprio sentimento
e sua experiência afetiva em imagens que
comovem. O filme é isso, pura emoção, somos convidados a fruir as lindas
imagens, ainda que nas profundezas de uma triste história!
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