segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O mundo ficou menor sem o olhar de Eduardo Coutinho


 
Penso nos filmes que eu ainda veria, penso no quanto ainda me emocionaria com a obra de Coutinho.
Penso nas vezes me que saí do cinema, diferente, muito melhor do que quando entrei...
Penso nas situações comezinhas da vida, na importância e na grandeza das coisas simples.
Pensei como é grande saber escutar o outro, mas de verdade, mergulhar nas histórias de vida e acreditar.
Coutinho sabia ouvir, uma escuta atenta, amorosa e respeitosa. Sua câmera, mais do que ver e registrar, olhava profundamente seus personagens, que se choravam emocionados com seu próprio discurso, só porque Coutinho permitia que eles ouvissem sua própria voz.... suas histórias e suas dores!
Tão simples e tão necessário, uma química rara e tão difícil de acontecer!
Que perda inestimável para o cinema documentário do Brasil e quem sabe do mundo inteiro.
Que tristeza profunda, o mestre se foi, não estávamos preparados, nunca estaríamos...
Soube que ele conclui um filme sobre juventudes, um tema que me apaixona sempre... ele entrevistou jovens de escolas públicas... Penso que talvez fosse o que ainda faltava em sua obra, a conversa com os adolescentes.... Vamos ver, quem sabe!
Chorei, mas Eduardo se eternizou por meio de seus doces filmes, estará pra sempre nos meus olhos e no meu coração, até o fim do mundo!

Que saudades...

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