domingo, 2 de outubro de 2011

A árvore da vida - Ame-o ou Deixe-o



Uma parte do público gostou de Árvore da Vida, principalmente os seguidores de Terrence Malick, um diretor Cult tem sido bastante difundida. Quanto a mim, considerei o filme extremamente pretensioso e repleto de tentativas frustradas que são descaradamente despejadas sobre o expectador de maneira óbvia, diria até que menosprezando a capacidade do público de compreender o subtexto....

Ao contrário disso, tenho gostado cada vez mais do cinema simples, que consegue discutir suas idéias sem grandes malabarismos, talvez o desafio maior para um cineasta...

A árvore da vida não alcança seu propósito, se é que há algum. O filme todo parece uma grande jogada de marketing a começar pelo elenco: Brad Pitt e Sean Pean, a impressão que fica é que lançou-se mão de grandes nomes do cinema americano com a clara intenção de vender o produto ou na pior das hipóteses, iludir o espectador. Não quero com isso diminuir a competência dos atores, o que seria ridículo. Devo reconhecer que Brad Pitt está impecável no papel do pai autoritário, cheio de recalques, que oprime a família de modo violento. Já Sean Penn faz um papel no mínimo medíocre, muito aquém das suas possibilidades.

As crianças de Árvore da Vida estão estupendas, super bem dirigidas e absolutamente expressivas e sensíveis, talvez o melhor que o filme pode oferecer ao público. Me fez pensar no A Fita Branca - Michael Haneke

No mais, Malick não economiza nas imagens de vulcões, dinossauros (a moda Spilberg), entranhas do corpo humano, passando pela vida marinha, planetas diversos, os quatro elementos ... tudo isso pra explicar o conflito nas relações familiares. E por aí vamos vagando nos 138 minutos que dura essa aventura metafórica que de fato não parece levar à lugar nenhum....

O fato é que os meios de comunicação e a crítica não informam o público sobre a natureza dos filmes, de forma clara e suficiente, então, temos a sinopse de árvore da vida diz: ‘Sobre a vida de uma família nos anos 50’. Parece muito pouco pra orientar a ida de qualquer um de nós ao cinema...

Sugiro também o filme Sonho de amor. O título é totalmente infeliz e quem for ao cinema para ver um filme água com açúcar como aqueles protagonizados por Júlia Roberts vai perder a viagem. Trata-se de um ‘filmaço’, denso, sério, sem melodramas, atores esplêndidos, muito ao contrário do que parece indicar o título. A crítica também parece não ter comunicado nada sobre isso.



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