segunda-feira, 4 de abril de 2011

Uma Virada Cultural muito especial

Resolvi trazer para esse espaço virtual um pouco das minhas impressões e sentimentos em relação àquilo que podemos talvez denominar como uma Virada Cultural bem original.
Claro que o começo de tudo tinha que ser com nosso amigo Marquinho dando a levada, como de costume. Cinco pessoas apertadas no carro da Lídia tendo que ainda por cima pegar o cara no metrô, o que na verdade prejudicaria ainda mais nosso conforto durante o trajeto. Paciência!
Tudo aconteceu na casa dos nossos queridos ‘doces bárbaros’ Edu e Ric, dupla dinâmica imbatível, e a conversa rolando solta, impagável...
Os encontros por lá são sempre assim. Uma verdadeira e completa diversidade em todos os sentidos...Um à vontade completo, tem pra todos os gostos, todo mundo já chega abrindo a geladeira, sabe como é?
Nada de pudores, nenhum sentimento de invasão do espaço, ao contrário, a casa é realmente nossa e não apenas a cozinha que é onde tudo acontece, mas quartos, sala, quintal, varanda e tudo o mais, acabam sendo descaradamente invadidos por um bando de aloprados que somos todos nós.
Tem também o Zequinha e a Cindy, o casal de cachorrinhos yorkshire que são umas gracinhas, ternura total, todo mundo quer pegar, apertar, beijar e inclusive levar pra casa...para desespero dos donos!
Fiquei feliz por encontrar o Barão e a Débora que deixaram o Guilherme dormindo e assim, depois de tanto tempo revi o casal que pra mim dava uma ótima tirinha de jornal. Uma não, mas várias, coisas do Angeli ou do Laerte... Eles são realmente figurinhas carimbadas, ‘rebordosa’ até não mais poder...
Adoro a cerveja de latinha, qualquer uma, em copo de requeijão, sem frescura, mas bem gelada. A caipirinha de saquê, de cachaça e um gole de vinho que alguém trouxe. As comidinhas, são aquelas que só os meninos sabem preparar, coisinhas como sardela e o velho pãozinho francês que acompanha a maravilhosa berinjela muito temperada.
Além disso, numa festa tão ogra assim, não podia faltar muito amendoim e batata frita, e assim atravessamos a noite de sábado, cada um numa viagem particular, só alegria e como diria minha mãe: rimos ‘às bandeiras despregadas’, pra lá e pra cá!
Como não podia deixar de ser, teve também a sublime poesia, Manuel Bandeira e Sérgio Vaz, e mais uma vez, festejamos a diversidade, a nossa e a dos poetas...
A música rolava solta, jovem guarda, blues, não sei direito o que era, na verdade, uma zona!!! Difícil distinguir, mas sei que rolou um frevo com a Lidinha e nossa mais recente aquisição, o lindo Manoel dando um show a parte, e lá em baixo apenas um banquinho e violão, dois pandeiros tresloucados e o nosso imperdível maracatu atômico acústico, se é que isso é possível.
Bom, ali tudo era possível... Desde o aquecimento das vozes, conduzido pelo Edu, pra conseguirmos cantar mais bonito... E cantamos, não sei se bem, mas felizes, divertidos e rindo de nós mesmos, por causa daquela amnésia que não deixa lembrar as letras das canções de jeito nenhum, mas tudo bem, fomos de lá, lá, lá, lá....
Entre muito blá, blá, blá e gritaria, cervejas, dança e cantoria o tempo vai correndo e eis que surge então o prato principal da festa, o famoso, delicioso e incrivelmente saboroso ‘guioza’, finalmente uma comidinha zen pra não dizer que a loucura é total e talvez pra ver se o povo se fecha, se concentra e eleva o espírito.
Ótimo, foi então que a turma, cada um com seu devido hashi na mão, tentou equilibrar os ‘bolinhos’ até desistir e lançar mão do bom e velho guardanapo de papel mesmo... não tem problema, não faz mal, o importante é ser feliz e fomos...muito!
Adoro a ‘equipe’ da Munganga Pictures, pela competência com a qual realiza seu trabalho, sem pedir nada em troca, nem grandes cachês, se contentando apenas com a alegria de todos nós, os não atores que aliás, diga-se de passagem, somos realmente responsáveis pelas melhores performances registradas pela produtora de araque...
Enfim, essa foi nossa virada cultural, mais maluca do que qualquer outra, muitos palcos, muitos cantores, dançarinos, poetas, tudo isso regado à muita cerveja e ‘otras bebidinhas más!’
E pra fechar a festa com chave de ouro, ainda levei um pratinho de bolo pra mamãe, que comentou algo assim: ‘Nossa que engraçado! Um bolo tão maravilhoso feito por um homem, normalmente são as mulheres que se saem bem na cozinha!'
Bom, tudo isso, só pra dizer que amo esses encontros descontraídos, sem frescuras, uma ode aos bem vividos 20 anos de amizade, amo toda a nossa intimidade e o carinho que sentimos uns pelos outros, amo a simplicidade, a espontaneidade e o desbunde que se repete a cada festa.
Adoro o jeito caseiro e atrapalhado do Edu que sempre nos ataca com seu super, mega bolo de aniversário, que já se tornou um clássico para a turma.
E não importa que eu tenha que ter lavado a louça lá pelas 4h da matina... Afinal foi um jeito de realmente inaugurar a pia nova e deixar uma singela colaboração que jamais vai conseguir retribuir essa delícia que vocês, ‘doces bárbaros’ nos proporcionam!
Beijos e amor!


Um comentário:

  1. Lucy, me senti lisonjeado em ter sido o primeiro a vir a sua mente em meio a tanta transloucamento.

    Sua crônica está ótima. Se dedique mais a elas. Será um brinde pra tod@s nós.

    Bjs, aquele abraço e até
    Marquinho

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