quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A música pretérita mais que perfeita de Elomar

Dessa vez, fomos ao Sesc Belenzinho, numa quarta feira, pelo prazer incomensurável de ouvir, depois de tanto tempo, o inesquecível Elomar com seu violão. A saudade era grande! Na semana que antecedeu o show, aproveitei para retomar o CD Em Concerto.
Realmente uma música de outro tempo,outra era, cuja beleza e delicadeza se superam a cada minuto. É pela voz do cantor, seu sotaque, sua outra língua que confunde mas também encanta e transporta que a história se desenha no ar, como uma história de cordel, uma epopéia sublime, quase um romance de cavalaria milenar.
Elomar parece uma entidade saída de um tempo passado, inalcançável, sem memória. Chamou nossa atenção para a qualidade do ‘ouvir’ como substância imprescindível da vida, quando através da música mergulhamos no sagrado. Difícil entender o que se passa ali, entre o artista e a platéia silenciosa. Estar frente a frente com o passado daquela música eterna e encantada, com seus personagens que dançam e voam entre nós e que não devem ser fotografados, sob pena de perderem o que tem de melhor, sua alma!

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